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Mostrando postagens com o rótulo Violência

Deus e o Diabo na Terra do Neofascismo

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Nos últimos dias, o Diabo foi convocado, no Brasil, diversas vezes. O discurso político de extrema-direita adotou o tom agressivo, obscurantista, e, no entanto, aparentemente eficaz do medo do Diabo. Ao associar qualquer ideia, pessoa ou prática, não importa de que espectro político for, ao Diabo, convence-se muita gente a se afastar daquela figura ou prática - me refiro aos muito religiosos, claro. Seja um candidato ou partido político, uma ideologia, uma prática artística, uma atividade lúdica, uma religião...tem sido sempre eficaz, quando se quer provocar o afastamento de boa parte da sociedade em relação àqueles, de sugerir ou mesmo afirmar que eles têm relações com o Diabo. Uma política, uma moral e mesmo uma estética do Diabo se erigem, novamente, na civilização ocidental. Esta mesma civilização criou o Diabo, ela mesma o colocou no armário. E ela

A estética do jogo fascista

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Foi veiculado, via redes sociais, nesta semana, um vídeo do jornalista Pedro Dória que tratou, a partir do assassinato de Moïse Kabagambe [que também abordei em meu post anterior], do tema do fascismo e, mais particularmente, do fascismo brasileiro, indicando que o atual presidente da república encaixa-se perfeitamente na definição de fascista. Dória define fascismo a partir de Robert O. Paxton (1979), sinalizando que o tema do culto à morte real e simbólica é o ponto central ao qual se acoplariam, creio eu, características diversas, formando os diferentes fascismos históricos, a começar pelo que deu o nome ao monstro e que chegava ao poder, com Benito Mussolini, há 100 anos atrás.  Deste modo, há uma estética sempre presente no fascismo que poderíamos chamar de culto à morte, a qual se conjuga também com uma certa moral e com uma atitude política

A escrita afetiva de Pollock

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Hoje não escrevo sobre uma obra de arte específica, mas sim sobre a obra, a produção de uma trajetória de vida artística, de Jackson Pollock. Um. Número 31  (Jackson POLLOCK, 1950) Pollock foi um pintor estadunidense do século XX, cuja maior produção foi feita nos anos 40 e 50, interrompida por sua morte precoce. Quem já se deparou com um quadro de Pollock, geralmente de tamanho monumental, não sai ileso. É impactante. Quem já leu ou viu registros do seu processo criativo também. Pollock pintava com a tela no chão, deixava a tinta pingar, atacava a tela com movimentos de violentos a sensuais numa espécie de transe extático, uma dança agressiva cujo resultado vemos nos mais diversos museus de arte moderna do mundo - e hoje também na louvada internet . Aliás, a mistura de violência e sensualidade é o nosso assunto de hoje. Pollock pintando Se