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Mostrando postagens com o rótulo eleições

Mecanismos paranóicos na cultura contemporânea

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Eu já estava preparado para fazer o que prometi: discutir as eleições de 2022 no Brasil. Dedicarei, sim, algumas palavras ao tema, mas considerarei também os dias seguintes ao pleito. Essas eleições presidenciais, cujo resultado se apresentou como o mais apertado desde a redemocratização do país, na década de 1980, se considerarmos que é a primeira vez (desde que há o direito à reeleição) em que o presidente no cargo concorre e perde - mesmo fazendo uso de toda a máquina governamental, do apoio do chamado Centrão, de toda uma rede de propaganda digital (onde se veicula muita mentira, aliás), do apoio descarado de igrejas evangélicas que identificam Jair com o Messias e Luís Inácio com Lúcifer -, foram uma grande vitória de quem sustenta, afirma e luta pela manutenção e aprimoramento da democracia. A frente ampla democrática, representada e capitaneada p

Um ato falho histórico ou O Inconsciente nas franjas do marketing

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Em minha última postagem, feita domingo passado, eu havia escrito que aquela seria a última antes das eleições - e que comentaria as eleições somente quando terminassem. No entanto, como se percebe, estou postando na véspera das eleições: o motivo é que há um evento estético-cultural a se comentar ainda hoje - o debate para presidente organizado e transmitido pela TV Globo na noite de sexta-feira 28 de outubro. Ou melhor: comento aquele debate pois o próprio debate articulou inconsciente, política e estética, de bandeja, para ser comentado. Não me furtarei a isso. Ainda mantenho minha relutância em comentar o processo eleitoral - isto fica para depois que o jogo acabar. Jair Bolsonaro e Luís Inácio Lula da Silva no debate para presidente da TV Globo, segundo turno de 2022 Todavia, o jogo chamado 'debate' deve ser comentado. Ao contrário do que a

Marcas diante das quais não se pode recuar

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- SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Creio que alguns leitores esperavam que eu comentasse as eleições nacionais ocorridas no Brasil hoje, porém não o farei até que terminem plenamente: ou seja, até que tenhamos os resultados do segundo turno das eleições para governadores e presidente. Por ora gostaria de comentar a arte de um pintor estadunidense, expressionista abstrato: o radicado novaiorquino Franz Kline cujo apogeu de seus trabalhos data dos anos 1940 e 1950. Sabra  (Franz KLINE, 1966) Kline fez parte do mesmo movimento que grandes nomes como Jackson Pollock e Mark Rothko, o expressionismo abstrato, o primeiro movimento de vanguarda nas artes plásticas cujo epicentro foram os Estados Unidos da América. Os anos 1940 vêem, com a ascensão do nazifascismo e da eclosão da Segunda Guerra Mundial em solo europeu, a vanguarda artística mudar-se para o outro lado do Atlântico pela primeira vez