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Mostrando postagens de junho, 2022

Demanda do Outro e repetição na arquitetura de Mies van der Rohe e na psicanálise

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Hoje me debruço sobre a obra de um dos maiores nomes da arquitetura modernista do século XX, o alemão Ludwig Mies van der Rohe. Chicago Federal Center  (Ludwig MIES VAN DER ROHE, 1969-74) Tal como Walter Gropius, Mies van der Rohe teve importante participação na criação e sustentação da Bauhaus . Foi um dos diretores desta importante escola de arte e design cujas ideias fundamentais ali ensinadas e transmitidas ligavam-se à radicalidade da experiência democrática a partir da estética. Na Bauhaus a criação era colaborativa, oriunda de pesquisa conjunta entre mestres e alunos; além disso buscava aprimorar uma estética progressista, uma estética de todos, não só cosmopolita, mas também voltada para servir funcionalmente a todas as classes - e nessa medida, voltava-se, de modo quase revolucionário, a buscar produzir objetos que trariam elegância, adequaçã

Pele vermelha - de sangue

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - O professor Michel Gherman, historiador da UFRJ que nós, do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas Públicas da UERJ, tivemos a honra de escutar na aula inaugural deste ano de 2022, publicou, na internet , um marcante comentário a respeito do violento assassinato do indigenista Bruno Pereira (que ainda mais foi esquartejado) na Amazônia brasileira, junto do repórter britânico que o acompanhava, Dom Phillips.  O rabino Uri Lam entoando cântico indígena em homenagem a Bruno Pereira e aos povos da Amazônia Gherman informa que o rabino Uri Lam, numa sinagoga de São Paulo, entoou, em homenagem aos mortos, um canto dos povos indígenas daquela região que já havia sido entoado por Bruno Pereira, aparentemente pouco antes de morrer, em homenagem aos índios mortos por uma política sinistra que se acentua por lá (e não só por lá). As mortes dos indíge

Sobre os namorados brasileiros

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - 12 de junho é o dia dos namorados no Brasil. Os leitores deste blog de outras nacionalidades devem estar achando esquisito: 'Mas o dia dos namorados não é dia 14 de fevereiro?'. Pois é sobre isso que discorrerei na postagem de hoje. Em nossos países vizinhos, na Europa e nos Estados Unidos comemora-se, no dia 14 de fevereiro, o dia dos namorados, que é, originalmente, o dia de São Valentim. Porque será, então, que o Brasil, país que ainda mantém uma cultura de colônia dos países ocidentais do norte, não importou esta tradição? A pergunta se torna ainda mais relevante quando registra-se a adoção, de uns tempos para cá, da festa de Halloween, no dia 31 de outubro, festa de tradição celta, escocesa e irlandesa, que parece ter caído de paraquedas no Brasil devido à influência da cultura estadunidense, na qual tal festa tem grande relevância (devido

COVID-19 e literatura

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Nesta semana tive um interessante encontro com professores de um colégio do Rio de Janeiro para conversarmos sobre os traumas da pandemia e seus efeitos sobre o retorno às aulas presenciais. Naquele encontro me foi pedido que eu desse sugestões de como trabalhar o trauma das mortes por COVID-19 com os alunos. Apesar de achar que os professores de crianças e adolescentes são muito mais sagazes que eu para inventar um jeito de trabalhar este difícil tema, não me furtarei ao convite e o que segue abaixo são sugestões para aulas de literatura, mas não só: são sugestões de leitura para qualquer um, na verdade. Os nomes sugeridos são: Augusto dos Anjos, Graciliano Ramos, Miguel Falabella, William Shakespeare, Oscar Wilde e Thomas Mann. Portanto, tem literatura para todos os gostos aqui. Augusto dos Anjos  Para seguir com minha proposta, cabe, antes, um pouco