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Mostrando postagens com o rótulo Repetição

O naufrágio bilionário como verdade atuada

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  - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Não resisti. Mesmo me dando um tempo, um intervalo, no compromisso com este blog devido a um momento em que preciso me dedicar a alguns problemas e tarefas prementes, desobedeci a mim mesmo e escrevi o texto abaixo, pois acho que tenho alguma coisa a dizer - que articule psicanálise, arte e cultura - a respeito do desaparecimento do submersível  'Titan', com seus 5 tripulantes, quando se lançavam na aventura de visitar o Titanic naufragado no fundo do Atlântico Norte. Antes, um pouco de informação - mesmo que ela já esteja repisada nos veículos de mídia formal e informal. Quem estava no submersível? 1) O empresário bilionário britânico Hamish Harding, que gostava de aventuras; ele já tinha viajado para as profundezas do oceano, como para o espaço também. 2) Shazada Sulaiman, outro empresário bilionário, desta vez paquistanês. 3) O filho des

Genealogia, psicanálise e o Golpe de 1964

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 SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - O texto de hoje foi escrito em diálogo com o conteúdo de minhas aulas no Mestrado Profissional em Psicanálise, Ciência e Política, na UERJ (cujo nome anterior era Psicanálise e Políticas Públicas), em particular as últimas, dadas numa disciplina organizada pelo ilustre colega Luciano Elia. Talvez se possa dizer também que este texto existe como convite a pensar as repetições de nossa cultura... O tema escolhido é o de relacionar o método psicanalítico de Freud e o método genealógico (de Nietzsche, com influências em Derrida e, especialmente, em Foucault). Sucintamente buscarei descrever o segundo para depois observar onde toca e onde se afasta do que Freud construiu em sua prática, bem como comentarei também os 59 anos do golpe de Estado de 1964 a partir destas reflexões sobre história. Genealogia da moral, uma polêmica (NIETZSCHE, 1887) é o texto nietz

Uma pressão surda

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Estamos nos aproximando do Natal e, por isso, me senti impelido a comentar e pensar a partir de alguma obra de arte que diga respeito a essa época do ano. Todavia, não se trata de uma obra natalina. Dia 22 de dezembro é a data de aniversário da primeira apresentação da Quinta Sinfonia de Beethoven, talvez sua mais famosa obra. No próximo dia 22, a obra fará 213 anos. Vida longa a ela e a Ludwig van Beethoven! Ludwig van Beethoven  (Karl STIELER, 1820) Uma obra que se move da alta tensão à solenidade, à leveza e à grandiosidade. Mas, tomada como um todo, é certamente marcada pela tensão inicial, de cabo a rabo (ou à coda ). Não à toa, seu primeiro movimento é o mais famoso, mais marcante: a frase simples, ritmada, insistente, que abre a sinfonia, jamais é realmente abandonada; outros temas surgem, mas sempre dialogando, repetindo, dando indícios do

A escrita afetiva de Pollock

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Hoje não escrevo sobre uma obra de arte específica, mas sim sobre a obra, a produção de uma trajetória de vida artística, de Jackson Pollock. Um. Número 31  (Jackson POLLOCK, 1950) Pollock foi um pintor estadunidense do século XX, cuja maior produção foi feita nos anos 40 e 50, interrompida por sua morte precoce. Quem já se deparou com um quadro de Pollock, geralmente de tamanho monumental, não sai ileso. É impactante. Quem já leu ou viu registros do seu processo criativo também. Pollock pintava com a tela no chão, deixava a tinta pingar, atacava a tela com movimentos de violentos a sensuais numa espécie de transe extático, uma dança agressiva cujo resultado vemos nos mais diversos museus de arte moderna do mundo - e hoje também na louvada internet . Aliás, a mistura de violência e sensualidade é o nosso assunto de hoje. Pollock pintando Se