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Escrever para não morrer e escrever para morrer

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 SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Faz já 60 anos que Michel Foucault publicou seu artigo "A linguagem ao infinito", que hoje pode ser encontrado na compilação Ditos & Escritos , no volume III: Estética: literatura e pintura, música e cinema (2001). Ali, o filósofo apresenta uma teoria da literatura moderna em contraposição aos textos de antes do século XVIII. Em homenagem aos 60 anos deste importante texto, pretendo recapitulá-lo e pô-lo em discussão com o pensamento psicanalítico sobre a escrita e com dois textos literários do século XX, um não citado por Foucault, o outro posterior ao artigo. O artigo em questão tem como ponto de partida  a ideia levantada por Maurice Blanchot de que escrevemos para não morrer - e Foucault acrescenta: também falamos para não morrer. "O discurso, como se sabe, tem o poder de deter a flecha já lançada em um recuo do tempo que é seu esp

COVID-19 e literatura

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Nesta semana tive um interessante encontro com professores de um colégio do Rio de Janeiro para conversarmos sobre os traumas da pandemia e seus efeitos sobre o retorno às aulas presenciais. Naquele encontro me foi pedido que eu desse sugestões de como trabalhar o trauma das mortes por COVID-19 com os alunos. Apesar de achar que os professores de crianças e adolescentes são muito mais sagazes que eu para inventar um jeito de trabalhar este difícil tema, não me furtarei ao convite e o que segue abaixo são sugestões para aulas de literatura, mas não só: são sugestões de leitura para qualquer um, na verdade. Os nomes sugeridos são: Augusto dos Anjos, Graciliano Ramos, Miguel Falabella, William Shakespeare, Oscar Wilde e Thomas Mann. Portanto, tem literatura para todos os gostos aqui. Augusto dos Anjos  Para seguir com minha proposta, cabe, antes, um pouco