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Dois modos de honrar o Pai: um conservador, outro libertário

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  - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Levando em consideração que o domingo 14 de agosto é o segundo do mês, e por isso é o dia dos pais de 2022, e que na última quinta-feira 11 de agosto foi lida publicamente uma nova Carta pela Democracia na faculdade de direito da USP, reeditando o ato que ocorreu em 1977, quero discutir aqui o papel do Pai como ideal. Relacionarei, no corpo do texto a seguir, portanto, o dia dos pais, a Carta pela Democracia e o Pai em psicanálise. O filho punido  (Jean-Baptiste GREUZE, 1778) Especialmente no campo psicanalítico , parece que, recorrentemente, se manifestam duas formas de se relacionar com o Pai: Figura a ser preservada, deificada, a que devemos nos submeter como garantia de estabilidade psicossocial? Ou pai que deve ser morto em nome do novo? Esta dupla relação dos psicanalistas com o Pai se deve a) à história pessoal de Freud, b) à história do movimen

O trauma da morte do Pai e do Filho

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   - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Fim de semana atribulado...texto atrasado. Acontecerá outras vezes... Na semana passada dei minha primeira aula no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas P úblicas da UERJ (PPPP-UERJ), no Mestrado Profissional. Naquela aula surgiu uma discussão a respeito da experiência do supereu como um ataque sádico sobre o eu, realizado pelas figuras parentais e seus valores morais enquanto objetos introjetados.  Ontem foi o Domingo de Páscoa; sendo assim, aproveito a ocorrência próxima destas duas datas para tratar, aqui, da experiência cultural como traumática e de sua relação com a Paixão de Cristo. Retábulo de Issenheim  (Mathias GRÜNEWALD, 1512-16)  Em Totem e tabu  (1912-13), Freud dedica algumas linhas a pensar criticamente justamente a doutrina e a celebração cultural cristã da Paixão de Cristo até Sua Ressureição na Páscoa. Vamos ao que Freu

Édipo de trás para frente: da cegueira aos pés tortos

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Estava demorando, mas o famoso Édipo aparece agora aqui neste blog . É um lugar-comum associar o discurso psicanalítico ao herói grego; há mesmo quem reduza toda a obra teórica psicanalítica ao Complexo de Édipo. Minha intenção é tomar a tragédia de Sófocles, Édipo Rei (~427 a.c.), e, a partir dela, explorar o tema edipiano por outra via - ao contrário. Édipo e a Esfinge  (Gustave MOREAU, 1864) Freud cunhou o termo Complexo de Édipo para delinear um grupo de fantasias e associações psíquicas que geralmente acomete as crianças por volta de seus 4-5 anos e marca nossas vidas desde então até a morte. Seriam fantasias de incesto com a mãe e de parricídio imiscuídas a fantasias de incesto com o pai e rejeição da mãe, em geral relacionadas também ao Complexo de castração : o conjunto de angústia , inveja e soluções diversas para o desejo que o suje