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Mostrando postagens com o rótulo Suicídio

Prevenção ou desejo: duas concepções diferentes da vida e do combate ao suicídio

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 -   IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Como muitos sabem, desde 2015, aqui no Brasil, tem-se aproveitado o mês de setembro como momento dedicado à campanha 'Setembro Amarelo' para a prevenção do suicídio - pois o 10 de setembro é o 'Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio'. Não se trata de uma campanha oficial, mas de uma iniciativa tomada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) abraçada por muita gente, inclusive pelo poder público de aqui e acolá em território nacional. Apesar de os brasileiros não gostarem nem quererem falar de assunto tão triste, pesado e indigesto (ou, talvez, precisamente por isso ), segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil está em oitavo dentre os países com maior número de suicídios por ano. Pode-se argumentar que a lista é, obviament

A morte assistida - um último ato psicanalítico

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - O dia 23 de setembro é a data da morte de Sigmund Freud, ocorrida no ano de 1939. Não faria muito sentido lembrar desta data agora caso não remetesse a algum tema que concerne à atualidade. O que remete à atualidade é o modo como morreu Freud. Para quem não sabe, Freud havia combinado com seu amigo e médico, Max Schur, que o auxiliasse a morrer quando pedisse, que quando não aguentasse mais continuar a viver devido à dor causada por seu câncer no palato (que perdurava mesmo após mais de trinta cirurgias) que Max Schur administrasse a eutanásia de Freud (através de uma dose letal de morfina) - e, como foi noticiado há poucos dias, o cineasta Jean-Luc Godard decidiu morrer, agora em 2022, de maneira semelhante. Jean-Luc Godard Como se pode ler nas biografias escritas por Ernest Jones (1961) e por Peter Gay (1988), o biografado Sigmund Freud teve uma crenç

A estética do jogo fascista

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 - IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN -  Foi veiculado, via redes sociais, nesta semana, um vídeo do jornalista Pedro Dória que tratou, a partir do assassinato de Moïse Kabagambe [que também abordei em meu post anterior], do tema do fascismo e, mais particularmente, do fascismo brasileiro, indicando que o atual presidente da república encaixa-se perfeitamente na definição de fascista. Dória define fascismo a partir de Robert O. Paxton (1979), sinalizando que o tema do culto à morte real e simbólica é o ponto central ao qual se acoplariam, creio eu, características diversas, formando os diferentes fascismos históricos, a começar pelo que deu o nome ao monstro e que chegava ao poder, com Benito Mussolini, há 100 anos atrás.  Deste modo, há uma estética sempre presente no fascismo que poderíamos chamar de culto à morte, a qual se conjuga também com uma certa moral e com uma atitude política