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Mostrando postagens com o rótulo compulsão à repetição

O horror ao interminável: dos nudes na internet à Hecatombe nuclear

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 -   IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Depois de um tempo sem escrever neste blog , volto com um apanhado de experiências fragmentárias, com as quais busco hoje compor uma bricolagem que faça algum sentido justamente a respeito de um conceito psicanalítico que remete tanto à fragmentação quanto à falta de sentido: me refiro à pulsão de morte. As experiências fragmentárias a que me refiro são as seguintes: 1) uma notícia aterradora concernente à conduta de alguns alunos adolescentes do conhecido e respeitado Colégio Santo Agostinho, no Rio de Janeiro (mesmo se tratando de alunos do campus expandido da Barra da Tijuca, e não do mais tradicional no Leblon). O Santo Agostinho é conhecido por ser, ao mesmo tempo, um colégio de valores conservadores de moral católico-burguesa, bem como por ter a excelência em tornar os jovens da elite econômica carioca também membros de uma elite técnico-in

Demanda do Outro e repetição na arquitetura de Mies van der Rohe e na psicanálise

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Hoje me debruço sobre a obra de um dos maiores nomes da arquitetura modernista do século XX, o alemão Ludwig Mies van der Rohe. Chicago Federal Center  (Ludwig MIES VAN DER ROHE, 1969-74) Tal como Walter Gropius, Mies van der Rohe teve importante participação na criação e sustentação da Bauhaus . Foi um dos diretores desta importante escola de arte e design cujas ideias fundamentais ali ensinadas e transmitidas ligavam-se à radicalidade da experiência democrática a partir da estética. Na Bauhaus a criação era colaborativa, oriunda de pesquisa conjunta entre mestres e alunos; além disso buscava aprimorar uma estética progressista, uma estética de todos, não só cosmopolita, mas também voltada para servir funcionalmente a todas as classes - e nessa medida, voltava-se, de modo quase revolucionário, a buscar produzir objetos que trariam elegância, adequaçã

O trauma da morte do Pai e do Filho

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   - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Fim de semana atribulado...texto atrasado. Acontecerá outras vezes... Na semana passada dei minha primeira aula no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas P úblicas da UERJ (PPPP-UERJ), no Mestrado Profissional. Naquela aula surgiu uma discussão a respeito da experiência do supereu como um ataque sádico sobre o eu, realizado pelas figuras parentais e seus valores morais enquanto objetos introjetados.  Ontem foi o Domingo de Páscoa; sendo assim, aproveito a ocorrência próxima destas duas datas para tratar, aqui, da experiência cultural como traumática e de sua relação com a Paixão de Cristo. Retábulo de Issenheim  (Mathias GRÜNEWALD, 1512-16)  Em Totem e tabu  (1912-13), Freud dedica algumas linhas a pensar criticamente justamente a doutrina e a celebração cultural cristã da Paixão de Cristo até Sua Ressureição na Páscoa. Vamos ao que Freu