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O susto e o estranho: comentário psicanalítico sobre A sagração da primavera

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 -   IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Sagração (Deborah COLKER, 2024) Nos próximos dias, de 21 a 24 de março, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a Companhia de dança de Deborah Colker apresentará a sua versão para o balé de A sagração da primavera (STRAVINSKI, 1913), composição musical revolucionária do russo Igor Stravinski, feita para ser apresentada conjuntamente ao balé desenvolvido especificamente para esta peça, cuja coreografia foi dirigida, originalmente por ninguém menos que Vaslav Nijinski. Infelizmente não consegui ingressos e não tenho ideia do que a maior coreógrafa brasileira, Colker, inventou desta vez com Sagração (2024). Ainda assim, creio que é possível, aqui, tecer alguns comentários a respeito da estética da obra original, seu lugar na história da música e da dança, e algumas reflexões psicanalíticas que ela me provoca. O tema da música e do balé é o seguinte

Philippe Sollers e o Governo Lula 3

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 -   IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Depois de uma longa pausa e, inaugurando as atividades deste blog neste ano de 2024, retomo minha escrita aqui. Os assuntos a que este blog se destina estão em seu próprio título: psicanálise , arte e cultura. No entanto, se o leitor passar os olhos no que já foi publicado neste meio, verá que, além destes campos, há uma repetida incidência da política como assunto. Isso se deve, talvez, por dois motivos interrelacionados: 1) o blog foi inaugurado num momento em que a experiência cultural brasileira foi tornada tema de debate político e o mesmo pode ser dito das experiências artística e psicanalítica. 2) Não se deve crer que o ponto '1' subentende que seria possível que haja cultura, arte ou psicanálise apolíticas; elas só existem como exercício teórico abstrato ou ofuscamento a serviço de alguma ideologia; apenas quis dizer que disputa

O ódio ao intelectual

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 -   IF YOU WANT TO READ THIS TEXT IN YOUR LANGUAGE, SEARCH FOR THE OPTION "Tradutor" (Translator) IN THE TOP LEFT OF THE SCREEN - Já que ontem foi o Dia do Mestre e alguns episódios recentes - somados a outros não tão recentes -, se relacionam, de modo desagradável, à figura do pesquisador e professor universitário, os tomo como ensejo de uma manifestação minha, que também sou professor e pesquisador universitário: - Michel Gherman, estudioso de referência quando o assunto é antissemitismo, foi impedido de falar em evento realizado na PUC-RIO para se discutir o conflito entre Hamas e Israel. Gherman foi acusado de ser pró-Hamas, aparentemente porque, além de condenar veementemente a violência atroz cometida pelo Hamas, ter também problematizado o modus operandi desumano do Estado de Israel em relação à Faixa de Gaza. Minha solidariedade a Gherman. - Recentemente houve na UFBA uma manifestação de estudantes contra uma professora, acusando-a de transfóbica, tendo em vista um

O conservadorismo e sua crítica na política eleitoral e na política psicanalítica

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 - SE VOCÊ QUISER LER ESTE TEXTO EM SEU IDIOMA, PROCURE A OPÇÃO "TRADUTOR" (TRANSLATOR) NO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA TELA - Nesta semana ocorreu a "Marcha para Jesus", evento evangélico cujo sentido parece ser menos a exibição da relação que aquelas pessoas têm com Jesus Cristo do que a demonstração de força política do setor evangélico de nossa sociedade. O termo marcha não é exclusivo do campo, mas certamente evoca a rotina militar, mas a marcha neste caso é para Jesus. Haveria algo de político em relacionar significantes que costumam aparecer na retórica militar e outros obviamente religiosos, como pretendo demostrar abaixo. Na "Marcha para Jesus" não há católicos, cristãos ortodoxos, espíritas ou luteranos, somente evangélicos, sejam eles pentecostais, neopentecostais ou não. É um evento em que os evangélicos desfilam, marcham para exibir sua força, sua potência, seu poder político como massa alinhada. Sendo um evento político, é claro que o president